quarta-feira, julho 07, 2004

PNA a arder: de quem é a responsabilidade?

Ontem ardeu uma vasta área do PNA, uma zona que é palco dos nossos treinos semanais de BTT e que nós conhecemos bem (Barris, Serra de S. Luís, Alcube); exigimos que se apurem responsabilidades para mais este crime contra a natureza.
AN

3 comentários:

Zen disse...

Estive ontem de BTT no alto da Serra do Louro a observar a extensão desta tragédia e fiquei deveras triste. Como é possível um parque natural ser preservado desta forma?
Que ardam os "rabiosques" dos incompetentes nas cadeiras do poder!
Por mim ( extensível a nós) continuarei a sensiblizar todos para a beleza e a importância de preservar este "paraíso".
Uns devoram esta Serra, outros ( tão grave como os primeiros) ignoram-na!

Zen disse...

Ainda sobre esta notícia:
"Quercus preocupada com desclassificação do PNA
Arrábida ao abandono"
"O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, exigiu hoje do próximo Governo uma decisão urgente sobre o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (PNA), para evitar que aquela zona protegida possa ser desclassificada em Outubro.

Após uma reunião com a nova directora do PNA, Madalena Lourenço, que tomou posse a 24 de Maio, Francisco Ferreira manifestou a preocupação da Quercus com a possibilidade de desclassificação de Parque Natural, devido ao eventual incumprimento do prazo limite para aprovação do Plano de Ordenamento.

O Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida esteve em discussão pública até Junho de 2003, tendo a anterior direcção do Parque acolhido algumas das muitas sugestões apresentadas por moradores, pescadores e náutica de recreio, no sentido de uma flexibilização das restrições impostas pelo documento inicial.

«O que foi proposto pela anterior direcção (do PNA) foi uma enorme flexibilização e isso, para nós, é acabar com a conservação da natureza que se pretende numa área como um Parque Natural», disse o vice-presidente da Quercus.

Segundo Francisco Ferreira, o documento feito pela direcção do Parque foi posteriormente remetido para a presidência do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que, por sua vez,

pediu ao Instituto Superior de Agronomia (ISA) para conciliar o Plano de Ordenamento com o documento elaborado pela anterior direcção do Parque Natural da Arrábida.

«Estamos em risco de ficar com um mau ordenamento do PNA, se flexibilizarmos aquilo que estava previsto no Plano de Ordenamento», disse Francisco Ferreira, reconhecendo, no entanto, que a eventual «desclassificação do Parque Natural da Arrábida seria ainda mais grave para a conservação da Natureza».

O ambientalista acredita que o relatório do ISA será igualmente um documento que vai flexibilizar em demasia as restrições previstas no plano de Ordenamento, quando a Quercus

defende apenas «pequenas correcções ao nível da Reserva Ecológica Nacional, do Parque Marinho ou das questões pessoais e políticas relacionadas com demolições».

Segundo revelou o vice-presidente da Quercus, a associação ambientalista pretende também saber o que se passa com a inspecção pedida há cerca de dois anos à Inspecção-Geral do Ambiente, pelo então ministro Isaltino Morais, sobre as construções no Parque.

A directora do PNA, Madalena Lourenço, reconheceu que o prazo limite para aprovação do Plano de Ordenamento, a 1 de Outubro, está muito próximo, mas garantiu que tem uma equipa a trabalhar para tentar cumprir o prazo.

Madalena Lourenço admitiu também que a versão final do Plano de Ordenamento deverá ser «tendencialmente menos restritiva», designadamente na zona do parque marinho, afirmando-se favorável a um faseamento das restrições e à definição de medidas de compensação para os pescadores.

Após a provação da versão final do Plano de Ordenamento do PNA, Madalena Lourenço promete dedicar o ano de 2005 à elaboração de um plano de ordenamento da Reserva Natural do Estuário do Sado, que também dirige desde o passado mês de Maio."

17:10 14 Julho 2004

Percebem os intresses em jogo?

Anónimo disse...

Olá aproveito para sugerir a consulta do artigo completo em:
QuercusAN